O dia 27 de janeiro é designado para o combate mundial contra a hanseníase. A doença é infecciosa e contagiosa causada pela bactéria mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, e também conhecida como lepra. Sua transmissão ocorre por meio de convivência próxima e contínua com o paciente que não realiza o tratamento, através do contato com gotículas de saliva e secreções do nariz.
Alguns segmentos da indústria apresentam um índice de hanseníase mais alto, como o da construção civil. Nesses casos, é importante que o tema seja difundido entre os trabalhadores, promovendo a saúde a segurança do trabalhador através da conscientização e da busca pelo tratamento.
Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. Cerca de 90% da população possui defesa contra a doença. Sua evolução depende de fatores como características do sistema imunológico da pessoa infectada. Sua manifestação se dá principalmente por lesões dos nervos periféricos e cutâneas com alteração de sensibilidade. O período de incubação, tempo entre a infecção e a manifestação dos sintomas, varia de seis meses a cinco anos.
O diagnóstico envolve uma avaliação clínica com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora, entre outros. Se necessário, será realizada a baciloscopia, que corresponde à coleta da serosidade cutânea, colhida em orelhas, cotovelos e da lesão de pele, e ainda pode ser realizada biópsia da lesão ou de uma área suspeita.
O tratamento é fornecido de forma gratuita pelo SUS, é eficaz e proporciona a cura. Após a primeira dose da medicação não há risco de transmissão e o paciente pode conviver em meio à sociedade. Como forma de prevenção é fundamental ter hábitos saudáveis, associados a condições de higiene adequadas. Assim, o ciclo de transmissão da doença pode ser interrompido.