Qual é a diferença entre perigo e risco?
O perigo é um fator em potencial que pode causar danos à segurança do colaborador. A depender da interação desse fator com o ambiente, ele é apenas um perigo, ou pode se tornar um risco. 
Por exemplo, uma agulha dentro de um armário é um perigo, mas uma agulha esquecida no assento de uma cadeira é um risco.
Essa avaliação deve ser realizada por um profissional qualificado, como um técnico em segurança do trabalho.

Obrigatoriedade do PGR

Não são todas as empresas a serem obrigadas a elaborar o PGR. O Governo estabeleceu um tratamento diferenciado apenas para micro e pequenas empresas que apresentarem grau de risco 1 ou 2, com ausência de risco físico, químico e biológico. Exclusivamente nesses casos, o PGR é substituído pela Declaração de Inexistência de Riscos (DIR).

Esse grau de risco é calculado e estabelecido pelo Ministério do Trabalho em uma escala de 1 a 4, com base na atividade econômica e no número de acidentes de trabalho registrados por setor.

A relevância do PGR para o eSocial

A fiscalização do PGR fica a cargo do auditor fiscal do trabalho, porque esse é um documento da esfera trabalhista. A princípio, ele não é exigido para o eSocial.

No eSocial, o documento responsável por informar os riscos do trabalho é o Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), muito semelhante ao PGR, porém seu escopo é previdenciário/tributário.

Caso a Receita Federal detecte inconsistências nos dados reportados, sua empresa pode cair na malha fiscal digital tributária. Então, a Receita amplia o leque de investigação para outros documentos que não eram solicitados inicialmente, entre eles o PGR.

Escolha quem é referência em SST

Planeje e implemente medidas de SST eficazes na sua empresa com os serviços do SESI! Oferecemos programas, laudos e avaliações para garantir a saúde e a segurança que o seu colaborador precisa. Pelo quarto ano seguido, fomos um dos vencedores do Prêmio Top of Mind Proteção, na categoria “Entidades Prestadores de Serviços”.

Visite nosso site para conhecer todos os serviços e clique aqui para falar diretamente com a nossa equipe! Pensou SST, pensou SESI.

">
Avaliação econômica em Segurança e Saúde do Trabalho e Promoção da Saúde – Blog SESI de Saúde e Segurança
descer
SESI
Avaliação econômica em Segurança e Saúde do Trabalho e Promoção da Saúde

O maior desafio das avaliações econômicas em programas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) e Promoção de Saúde (PS) é que o retorno sobre esses investimentos nem sempre é de fácil mensuração.  Os modelos econômicos para se avaliar esse tipo de programa e suas intervenções buscam auxiliar a alocação eficiente de recursos, com o objetivo de atender, de maneira ideal, às necessidades da empresa, uma vez que esses investimentos são, via de regra, limitados.

Os métodos mais comumente usados para realizar avaliações econômicas em SST e PS são: análise de custo-benefício, custo-efetividade e custo utilidade. Cada método permite comparação de diferentes intervenções estratégicas, baseada em recursos consumidos e resultados gerados. Cada metodologia requer uma cuidadosa análise de custo (por exemplo, identificando os custos associados à atividade de prevenção) e avaliação de resultados, tanto de danos como de benefícios.

A análise de custo-benefício é um método para comparar custos e benefícios de uma intervenção, onde todas as consequências e benefícios são avaliados em termos monetários. Essa análise inclui custos de programas, pacientes e outros custos médicos, despesas diretas, produtividade e custos intangíveis (por exemplo, dor e sofrimento). Pode-se utilizar análise de custo-benefício para avaliar a economia de uma única opção, isto é, se uma intervenção específica em SST ou PS irá economizar ou não recursos. Outra utilização dessa análise é para escolher entre duas ou mais opções, denotando qual será a melhor a ser implantada e que trará melhores benefícios.

Por outro lado, na análise de custo-efetividade, nenhuma tentativa é feita para atribuir um valor monetário aos resultados de saúde. Em vez de reais, os resultados são medidos nos efeitos naturais mais apropriados ou unidades físicas. Por exemplo, comparando um programa que promove o uso de capacetes para ciclistas, a unidade de medida pode ser “lesões na cabeça evitadas”. Outras unidades medidas pela análise de custo-efetividade são “doenças prevenidas” ou “número de vidas salvas”. A análise de custo-efetividade busca determinar o uso eficiente de recursos em termos de custos para um resultado de saúde para determinar se um programa fornece valor para o dinheiro gasto; se estratégias dentro de um programa fornecem mais valor para o dinheiro gasto e se um programa mais caro vale o custo adicional.

Por último, temos a análise do custo-utilidade, que permite estratégias de prevenção para mais de uma doença ou problema de saúde a ser comparado. Na análise custo-utilidade, como na análise custo-efetividade, uma medida comum é usada para comparar os resultados alternativos dos programas. Na análise custo-utilidade os resultados são expressos em número de anos de vida ganhos com o ajuste na qualidade de vida. Assim, a medida comum para essa análise é “anos de vida ajustados pela qualidade” (QALYs). A medida QALY tem um apelo intuitivo para os tomadores de decisão. Em vez de confiar em juízos implícitos sobre valor e qualidade de vida, a análise custo-utilidade torna esses valores explícitos no cálculo.

Centro de Inovação SESI em Economia em Economia para Saúde e Segurança realiza um trabalho de pesquisa contínuo sobre inovação na área de saúde. Para mais informações sobre este texto ou outros assuntos, entre em contato conosco.

Rodrigo Nogueira

Sobre o Autor: Rodrigo Nogueira

Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, graduado em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Possui MBA em Gestão da Qualidade e Engenharia de Produção e cursa Engenharia Civil na UNISSAU. Atua há 7 anos como Engenheiro de Segurança do Trabalho no SESI Ceará e atualmente é pesquisador no Centro de Inovação SESI em Economia para Saúde e Segurança.
Comentar

2 Comments

  1. Parabéns ao autor Rodrigo Nogueira, o contexto econômico que as empresas vivem hoje necessitam dessa visão, que a gestão em SST estar muito além do atendimento a legislação. Parabéns ao SESI pelo papel que vem desempenhando junto às indústrias.

Comments are closed.